Qualidade das argilas e agricultura 4.0: o DNA do solo e aplicações no dia a dia do campo
Já pensou em conhecer o DNA do solo da sua propriedade rural em um nível de detalhe nunca visto antes? Tudo isso podendo ser explorado na tela do seu celular, tablet ou notebook. Isso já é possível e com preço acessível para produtores e gestores agrícolas, independentemente do tamanho da propriedade. Assim como o avanço do sequenciamento do genoma humano nas últimas três décadas propiciou conhecer as causas de diversas doenças e conduziu ao desenvolvimento de terapias e medicações inovadoras com grandes benefícios para a sociedade, o mapeamento do DNA do solo permite conhecer as verdadeiras causas dos processos do solo, e à partir disso, definir a melhor recomendação e manejo para cada “genoma do solo”, seja do ponto de vista químico, físico ou biológico do solo, trazendo maior racionalidade no uso de insumos, maior retorno econômico e preservação do ambiente.
Mapa genético da terra: produzir alimento de forma sustentável
Isso só é possível graças a técnica de qualidade de argilas identificada por meio do magnetismo do solo. Para cada qualidade de argila, há um padrão magnético detectado por sensores de forma rápida, precisa e não poluente, em campo ou em laboratório, sem sofrer influência de sais (adubos), matéria orgânica ou água. Essa qualidade das argilas representa o verdadeiro DNA dos solos tropicais, isto é, os minerais do solo. São os minerais do solo que regem, em interação com a matéria orgânica, os processos de adsorção e dessorção de nutrientes da fase sólida para a solução, a sorção de herbicidas e produtos fitossanitários no solo e a estruturação física do solo. Todos esses processos são consequências da qualidade das argilas. Portanto, identificá-la e quantificá-la corresponde a conhecer as reais causas dos processos químicos, físicos e biológicos. A partir dessas qualidades de argilas presentes no solo da sua fazenda é possível identificar dentro da fazenda áreas que tenham o mesmo “genoma”. Cada “genoma do solo” terá características e potenciais únicos e deverão ser trabalhados de forma diferenciada. Como o genoma humano em condições normais, o DNA do solo não muda, o que permite essa identificação ser feita apenas uma vez, diferentemente do teor de matéria orgânica que nas nossas condições tropicais, com elevadas temperaturas e alto volume de precipitação, e dependendo do manejo, é bastante alterado ano a ano.
Nanotecnologia do solo: pequenos tamanhos, mas grandes efeitos
Pequenas alterações na qualidade das argilas promovem grandes mudanças nos processos do solo. Isso ocorre porque os minerais podem apresentar grandes diferenças de reatividade no solo, afetando fortemente os fenômenos do solo e as recomendações. Por exemplo, a superfície específica do mineral de argila goethita é 10 vezes maior que o da caulinita, o que também aumenta a adsorção de fósforo na fase sólida em até 10 vezes. Assim, a definição de doses, fontes e granulometria dos fertilizantes fosfatados devem levar em consideração a qualidade de argilas. Afinal, não é desejável perder eficiência de um nutriente tão caro e importante para a produção de alimentos. Esse princípio de diferença da reatividade entre as argilas também é aplicável para outros nutrientes, sorção de herbicidas pré-emergentes, retenção e infiltração de água, compactação, temperatura, erosão e diversos outros processos do solo. No caso de herbicidas pré-emergentes, estudos apontam que pode haver variação da dose de até 102% entre a dose recomendada na bula e aquela que considera a qualidade das argilas, o que afeta diretamente a eficiência de controle de plantas invasoras, o efeito residual e a seletividade.
Tecnologia para diferentes perfis e públicos
A qualidade das argilas representa informações de extrema importância para as tomadas de decisão na agricultura e que são perfeitamente compatíveis com as plataformas de gestão agrícola da Agricultura 4.0. O mapeamento do DNA do solo, isto é, da qualidade das argilas, é investimento acessível, versátil e com elevado custo benefício a produtores e gestores agrícolas com diferentes níveis tecnológicos. Não é preciso comprar um novo equipamento, basta uma reorganização de ações internas, sem novas aquisições, no que chamamos de inovação organizacional para uma gestão mais eficiente. Em pequenos a grandes produtores no modelo chamado B2C (http://bit.ly/2kMlk0m), já existem bons exemplos da técnica na prática, bem como para grandes empresas no modelo B2B, como exemplo da Fundaccer (http://bit.ly/2npqwIF), e até mesmo aplicações para o governo mapeando áreas de risco ou vulnerabilidade no modelo B2G, como é o caso do exemplo do estado de MG (http://bit.ly/32rB60j). Tecnologia de ponta gerando informação de qualidade para gestão agrícola de todos!
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