Manejo de herbicidas com base no magnetismo do solo: por que fazer?
Você sabia que o solo está diretamente relacionado a 40% dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU? Isso mesmo! A adoção de práticas sustentáveis no solo será capaz de contribuir com 4 em cada 10 metas propostas para que humanidade alcance os objetivos globais até 2030. Entre os ODS, o solo poderá contribuir decisivamente na diminuição da pobreza e da fome, na segurança alimentar, na melhoria da nutrição, na preservação de recursos naturais como água e florestas e na promoção da agricultura sustentável.
Entender o solo como um fator-chave no desenvolvimento sustentável é saber que ele é suporte para a produção de alimentos. Assim, deve-se fazer uso de fertilizantes e defensivos agrícolas de forma social, econômica e ambientalmente corretas. Nesse contexto, o solo é um dos principais destinos de moléculas de defensivos agrícolas. Entre os defensivos agrícolas, pode-se citar os herbicidas, moléculas mais utilizadas na agricultura, devido ao seu uso para reduzir as perdas de produtividade de culturas agrícolas em função da matocompetição.
Independentemente se aplicadas em pré ou pós-emergência das plantas daninhas, as moléculas de herbicidas terão como um dos destinos finais o solo. No solo, essas moléculas poderão ser volatilizadas, fotodegradadas, decompostas por ação química ou microbiológica, transportadas e absorvidas pelas plantas. Esses fenômenos estão relacionados à sorção dos herbicidas ao solo, que por sua vez, estão diretamente relacionados a atributos do solo como quantidade e principalmente qualidade das argilas, além de matéria orgânica e pH. Entender esses atributos do solo significa conhecer as verdadeiras causas da sorção de herbicidas e não somente as consequências do seu uso. Conhecer as causas significa ter a base para um adequado planejamento agrícola de aplicação de herbicidas, garantindo a dose correta, maior efeito residual e seletividade. No entanto, como conhecer essas causas por meio de um único indicador, rápido, prático e não poluente? Nesse sentido, é que se apresenta o magnetismo do solo.
Estudos de campo do grupo Quanticum mostram que, para dois Latossolos Vermelhos ambos classificados como textura argilosa, o coeficiente de sorção de moléculas do grupo químico das imidazolinonas pode variar em 30%, o que influencia também a dose escolhida em 30% e o efeito residual do herbicida. Comparando os mesmos solos, o teor de matéria orgânica varia em 7%, o teor de argila em 17%, e o magnetismo em 24%. Esses resultados mostram que o magnetismo, dentre os atributos do solo, é aquele que melhor acompanha a variação no coeficiente de sorção desse grupo químico de herbicida. Mas, por que isso acontece?
O magnetismo do solo apresenta alta correlação com a sorção de moléculas de herbicidas ao solo, pois detecta não só a quantidade, mas principalmente a qualidade das argilas nos solos tropicais. Quando falamos em qualidade de argila, estamos nos referindo a aqueles minerais presentes na fração argila do solo, ou seja, menores que 0,002 mm. Esses minerais, devido a presença de cargas elétricas em suas estruturas, regem diversos processos, adsorvendo e dessorvendo moléculas e íons. Nesse ponto, é importante lembrar que os solos tropicais, diferentemente dos temperados, apresentam baixa CTC e predomínio de cargas pH dependentes (CTC e CTA). Dessa forma, por meio da qualidade das argilas inferida pelo magnetismo do solo conhecemos o balanço de cargas elétricas positivas e negativas na fase sólida do seu solo, dinâmica da matéria orgânica (reações de oxirredução) e o poder tampão do solo (resistência a variação de pH). Esses fatores fazem o solo adsorver ou dessorver mais ou menos moléculas de herbicidas, dependendo da natureza química do herbicida.
A QUANTICUM entende a qualidade das argilas do seu solo e pode ajudá-lo no planejamento da aplicação de herbicidas por ambiente magnético.
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